A novidade é um concreto sustentável utilizado nas construções civis, que evita o lançamento de gases poluentes na atmosfera
Nos últimos anos, foram conduzidas pesquisas sobre diferentes materiais que são essenciais para o setor da construção. O seu elemento básico é o concreto, barato e simples de fazer, além de ser resiliente e resistente. Porém, ele também é um dos materiais mais destrutivos do mundo, sendo responsável por aproximadamente 8% das emissões globais de carbono.
A construção civil não tende a diminuir nos próximos anos, e não seria fácil encontrar um material tão versátil quanto o concreto para realizá-las. Então, em meados de 2020, as pesquisas começaram a desenvolver uma nova ideia: um concreto que fosse carbono negativo. A solução seria ecologicamente correta e a indústria faria parte dessa mudança.
O Biocrete
Foram descobertas maneiras de tornar o mercado de construção neutro, e até mesmo negativo em carbono: o primeiro segredo é retirar o CO2 do ar com a ajuda de microalgas. Ao utilizarem um calcário cultivado biologicamente (um processo natural que algumas microalgas calcárias fazem por meio da fotossíntese), é possível neutralizar o carbono. O CO2 liberado na atmosfera equivale ao que a microalga já capturou. As microalgas sequestram e armazenam o dióxido de carbono na forma mineral por meio da fotossíntese. A sua única diferença com o calcário é que, o que ela criou em tempo real, ele leva alguns milhões de anos.
O concreto CarbiCrete
A segunda maneira, descoberta no Canadá com a startup CarbiCrete, produz concreto carbono-negativo a base de escória de aço, um material residual do processo de produção do aço e gás CO2 proveniente dos respiradouros industriais. Esse concreto retira mais CO2 do ambiente do que emite.
Esse processo reduz os gases do efeito estufa de duas maneiras. A escória de aço é misturada com minerais convencionais usando máquinas de fabricação de concreto, eliminando o cimento e seu processo ambientalmente destrutivo. Depois, na mistura já em moldes, são injetados CO2 de subprodutos industriais, que reagem com a mistura, transformando o carbono em cálcio. O CO2, então, fica preso no carbonato de cálcio e nunca chega à atmosfera.
Ao utilizar subprodutos industriais para criar o concreto carbono zero, estima-se que as emissões de carbono associadas à produção de concreto podem ser reduzidas em mais de 70% nesta primeira fase; mas a equipe espera produzir concreto totalmente neutro em CO2 até 2025. Além do benefício para o meio ambiente, apresentam uma série de propriedades que são superiores às do cimento comum, como resistência a temperaturas mais altas e permeabilidade significativamente mais baixa.
A primeira utilização do concreto carbo zero
Em março de 2021, o primeiro elemento de parede completo de carbono negativo foi fundido, com o Biocrete. O teste foi bem sucedido quanto à execução prática, as propriedades do concreto e a negatividade de carbono final foi alcançada, compensou as emissões de gases de efeito estufa do concreto, como também do aço de reforço usado nas paredes.
Em vez de vender blocos físicos de concreto, as equipes licenciaram sua tecnologia para fabricantes de concreto. Os blocos de concreto inovadores também permitem que as empresas economizem dinheiro em impostos de carbono, acessem o mercado de materiais verdes e reduzam os custos de armazenamento.
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